
Escutar educadores, repensar a educação
Mas não só o pessoal não docente precisa de refletir. Também nós, enquanto docentes, precisamos de olhar de frente para os nossos próprios vieses. Eles existem — conscientes ou não — e transparecem nas nossas práticas, nas nossas expressões, nos gestos e até nos silêncios. Rever esses padrões exige coragem e disponibilidade para aprender e desaprender.

Narrativas que Ferem, Escolhas que Curam
Vivemos tempos em que os discursos de medo voltam a ganhar palco. A figura do imigrante — muitas vezes negra, árabe, cigana ou simplesmente “diferente” — volta a ser instrumentalizada como ameaça, como “invasão”, como bode expiatório para problemas que são, na verdade, estruturais.
Esta narrativa não é nova. Mas o que talvez ainda nos custe reconhecer é o quanto ela entra nas escolas, nas creches, nos nossos gestos enquanto educadores e educadoras.