Afinal na prática o que significa EDUCAR?
Basta fazer uma pequena pesquisa para perceber que a definição da palavra Educar, não difere muito de um dicionário para o outro e que as palavras chaves que encontramos não acrescentam nada de novo.

É possível que me tenha escapado uma definição inovadora e alinhada com as crianças que encontramos nas creches e jardins de infância nos dias actuais. Contudo, é gritante a necessidade de repensar o que a palavra EDUCAR significa no dia a dia dos Educadores.
Educar ainda é percepcionado como uma forma de moldar os pequenos seres - ainda em fase de desenvolvimento - a uma expectativa da sociedade onde a criança está inserida. Se o que se valoriza é a aprendizagem formal e não lúdica da escrita, leitura, matemática antes dos 6 anos, período crucial do seu desenvolvimento emocional, social, físico, cognitivo, estamos perante uma contradição e armadilha que muitos pais caem e que alguns educadores também. Muito se tem tentado sensibilizar as sociedades para a importância de se aprender a brincar, pois existem muitas pesquisas que reforçam os efeitos positivos da brincadeira no cérebro das crianças.
É imperativo observar cada criança para conseguir perceber qual o seu estilo de aprendizagem, interesses e motivações. Assim vamos descobrindo como educar cada uma delas. Reconheço que não é fácil, mas vale muito a pena quando existe uma paixão e sentido de missão no processo de aprendizagem destes seres que são a esperança deste nosso mundo. Também é de conhecimento geral, que o investimento na formação de base das crianças – o ensino pré-escolar ainda é vergonhosamente diminuto, mas vale a pena continuar a advogar por esta causa.
Será que em vez de EDUCAR, o nosso papel na realidade nada mais é que facilitar a aprendizagem? Ser alguém que ajuda a perceber como chegar ás respostas sem dominar o processo de aprendizagem e sim adaptar-se a ele?
Parece-me que sim.